Policial militar é ferido em tiroteio após mais um ataque em Itaquera

Mais uma base da Polícia Militar de São Paulo foi atacada na madrugada de ontem (22). Desta vez, o alvo foi em Itaquera, na zona leste de SP.

Segundo a polícia, criminosos atiraram contra a base da 4ª Companhia do 39º Batalhão de Itaquera, localizada na rua Joapitanga, por volta das 2h. Os policiais teriam sido chamados para atender uma ocorrência e, pouco tempo depois de saírem, a base foi atacada com vários disparos.

O único policial que ficou no ponto da PM conseguiu se esconder e não foi ferido. Pouco tempo após o ataque, equipes da Força Tática da área encontraram os três suspeitos de terem realizado os disparos. Eles estavam em um automóvel roubado, localizado na avenida Calim Eid.

No encontro entre policiais e suspeitos, houve troca de tiros e um PM e um suposto bandido foram atingidos. O PM ferido foi levado para o pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina. Até a publicação desta notícia, não havia informações sobre seu estado de saúde, nem para onde foi socorrido o suspeito baleado. Os outros dois atiradores conseguiram fugir.

Outro ataque

Na noite de quarta-feira (20), outra base na zona leste, em São Mateus, foi atingida por disparos. Nenhum dos policiais de plantão foi ferido. Na mesma noite, porém, dois PMs foram assassinados, um em Aricanduva, quando foi emboscado por seis homens numa academia, e outro em Pirituba. As polícias Civil e Militar estão investigando se os casos têm relação.





O secretário Estadual de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, afirmou na manhã de quinta-feira (21) que os recentes assassinatos de policias militares não são resultado de ações orquestradas por facções criminosas. Apesar dos rumores de que estariam acontecendo novos ataques do grupo que atua a partir dos presídios paulistas, o secretário classificou os crimes como “pontuais”.

— Não há nenhuma ligação com facção criminosa. Nós temos absoluta certeza disso. São fatos isolados.

Represália

Alguns soldados da corporação afirmam, no entanto, que pelo menos 13 policiais militares teriam sido mortos nas ultimas duas semanas – o comando da PM não confirma a informação. De acordo com um policial militar que não quis se identificar, as mortes podem ter sido ordenadas de dentro de presídios por represália à ação da Rota, realizada em maio, em que seis suspeitos de integrarem uma facção criminosa foram mortos na zona leste de São Paulo.

Além disso, ele conta que os assassinos seriam “premiados” com até R$ 5.000 por policial morto e que, como muitos policiais fazem “bicos”, os criminosos aproveitariam esse momento em que os PMs estão desprotegidos para agir.

Em maio de 2006, o Estado sofreu uma onda de ataques coordenados pela organização criminosa. Além de orgãos de segurança, bancos e estabelecimentos comerciais foram alvos dos bandidos. Em 20 dias, 493 pessoas foram mortas, sendo 446 civis.

Fonte: R7





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